Música no Museu recebe cantor lírico Yuri Guerra, com “Um espetáculo para Villa-Lobos” no CCBB

O projeto Música no Museu receberá o baixo-barítono Yuri Guerra, em  homenagem especial ao ícone maior da música erudita brasileira, o maestro e compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos. O cantor lírico se apresentará ao lado da pianista Regina Lacerda. A entrada é gratuita e acontece na quarta-feira, dia 8/08, às 12h30, no CCBB.

No repertório de “Um espetáculo para Villa-Lobos”, uma seleção de composições consagradas: Papae Curumiassú, Xangô, Nozani-ná, Modinha, Cantinela nº3, ó Pálida Madona, Abril, O Anjo da guarda, Canção do Marineiro, Viola Quebrada, Nhapôpé, Cantiga do Viúvo e  Adeus Êma.

No CCBB, o cantor se apresentará com acompanhamento de Regina Lacerda, graduada em piano e órgão, e mestre em órgão pela Escola de Música, da UFRJ. Ela foi professora de órgão na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e substituta na Escola de Música da UFRJ. Atua em apresentações como organista e pianista acompanhadora em recitais e gravações de CDs com obras de autores contemporâneos e antigos, estrangeiros e brasileiros.

Nascido em Belo Horizonte, Yuri Guerra ingressou aos oito anos no coral da Fundação Torino Escola Internacional, onde se tornou o primeiro solista. Estudou na Vancouver Academy of Music, no Canadá, até 2014, sob a orientação do maestro David Meek. Logo em seguida, mudou-se para Itália, para dar prosseguimento ao aperfeiçoamento das técnicas vocais.

Um brasileiro na Itália

Radicado na cidade de Bologna, na Itália, onde faz mestrado no tradicional Conservatório Giovanni Battista Martini, Yuri Guerra é maestro em Canto Lírico pela instituição. Na Europa, desenvolve um trabalho de pesquisa e toca o projeto de re-internacionalização de Villa-Lobos, desenvolvido em parceria com o Consulado Brasileiro de Milão. Para o mês de novembro, Yuri já programou a realização de um concerto na Casa Verdi, espaço fundado pelo consagrado músico italiano Giuseppe Verdi.

No país conhecido como o berço da ópera, Yuri fez apresentações em espaços importantes, tais como a Basilica di San Martino Maggiore, a Cappella Farnese, o Museo della Musica e a Sala Bossi, um dos maiores e mais prestigiados locais de concertos, em Bologna. Além de ter cantado na francesa te de la musique, Yuri teve a oportunidade de se apresentar para o Papa Francisco, no Vaticano, como artista voluntário e integrante do Morhan – Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase.

Música no Museu

No mês de agosto, o Música no Museu dá sequencia às comemorações de seus 21 anos, ressaltando os Imortais da Música Brasileira e os Gênios Internacionais.

Iniciado  em dezembro de 1997 no MNBA pelo violonista Turíbio Santos, Música no Museu tornou-se a maior série de musica clássica do Brasil e uma das maiores do mundo reconhecida pelo RankBrasil, a versão brasileira do Guinness Book.  Seus números são impressionantes chegando a fazer cerca  de 500 concertos por ano, de norte a sul do Brasil. Ocupa perto de 2.500 músicos/ano e tem uma vertente internacional, desde 2006, apresentando produções em cidade de todos os continentes: Europa ( Portugal, Espanha, França,  Republica Tcheca,Itália, Alemanha, Áustria)  Américas: USA (inclusive no Carnegie Hall em Nova Iorque e no LACMA em Los Angeles), Chile, Argentina, Africa: Marrocos, Asia: Índia e  Vietnã  e Oceania, Austrália, levando músicos e a musica brasileira para o exterior.

Sobre Heitor Villa-Lobos

Heitor Villa-Lobos, maestro e compositor, émconsiderado o expoente máximo da música do Modernismo no Brasil. Nascido no Rio de Janeiro, no dia 5 de março de 1887, recebeu orientação musical ainda criança e aos 19 anos de idade fez suas primeiras composições. Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna realizada em São Paulo e seguiu dirigindo diversas orquestras por todo o mundo, recebendo grande incentivo de músicos internacionais, como Debussy e Stravinski.

Ao longo de toda a vida (1887-1959) escreveu inúmeras composições e organizou um coral de 12 mil vozes em São Paulo no ano de 1931, acontecimento de grande importância na América do Sul. Em suas viagens pelo Brasil, fez pesquisas e catalogou em seu diário as muitas modalidades musicais do folclore brasileiro, como  análise para inspiração de suas composições. Dentre mais de mil músicas de sua autoria, o grande destaque são 16 choros compostos no período de 1920 a 1929.