O cantor lírico Yuri Guerra faz aniversário e comemora a reabertura do entretenimento, na Itália

Jussara Martins,

Rio de Janeiro, 16/07/2021

WhatsApp Image 2021-07-15 at 16.51.31É uma comemoração muito especial para Yuri Guerra, bem como para seus familiares, amigos e admiradoras. Ele está festejando, nesta data, seu aniversário. São 27 anos de uma vida pontuada pela grande dedicação à carreira artística, especialmente ao canto lírico. Os repertórios interpretados pelo jovem cantor lírico têm consagrado seu talento e exibem um grande embasamento técnico. Além, é claro, de sua total desenvoltura na cena musical para interpretar composições consideradas desafiadoras.

Bonito, elegante e com total domínio de palco, Yuri vem realizando na Europa apresentações com repertórios de músicas de Rimsky-Korsakov, Dvorak, Rachmaninoff, Schubert, entre outros imortais.

Nascido em Belo Horizonte, Yuri Guerra adiciona um detalhe importante à sua carreira artística e formação acadêmica, ao se tornar estudioso e intérprete da obra do maior compositor erudito brasileiro de todos os tempos, o maestro Heitor Villa-Lobos.

Radicado em Bologna, o jovem cantor lírico brasileiro, com registro vocal de baixo, é considerado uma revelação da ópera, exatamente por ser ainda tão jovem e integrar grandes elencos de concertos clássicos, em grandes palcos e espaços consagrados da Europa.

Após um período de recolhimento, em razão das ordens de restrição social impostas pelas autoridades italianas por causa da pandemia da Covid 19, atualmente o cantor lírico brasileiro está retomando a organização de sua agenda de apresentações artísticas.

“Estou experimentando um verdadeiro recomeço”, reflete Yuri, explicando que enfrentou dois recessos, separados por um pequeno intervalo de retomada das atividades profissionais. “Ocorre que o clima instaurado pela pandemia da Covid 19 trouxe uma grande incerteza para todas as pessoas. Então, a produção cultural ficou totalmente parada sem fixar qualquer expectativa de uma data certa para a continuidade”.

A mais recente apresentação aconteceu no dia 3/7, na cidade de Asolo. Com produção da Associação Cultura Spirito Nuovo, de Veneza, Yuri se uniu a dois jovens cantores líricos brasileiros, também radicados na Itália, Daniel Bastos e Francisco Bois, e apresentaram o concerto “Três Baixos Brasileiros”, em homenagem ao Brasil.

Sob a direção cênica do maestro Marco Belussi, e apresentação ao piano de Maximiliano Bigozzi, o concerto “Il 3 Bassi Brasiliani” executou um repertório selecionado entre composições clássicas e consagradas: Aquarela do Brasil, de Ary Barroso; Viola Quebrada e Xangô, de Villa-Lobos; Garota de Ipanema, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes; Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu; Notturno, de Carlos Gomes; Core n’grato, de Salvatore Cardillo; Juízo Final, de Nelson Cavaquinho; e Mia Gioconda, de Vicente Celestino.

Abaixo, Il 3 Bassi Brasiliani interpretam “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso:

Os três cantores líricos brasileiros foram recepcionados pela empresária italiana Mônica Bernini, em sua residência e compartilharam o palco com as bailarinas da Academia Isadora Duncan, de Nova York.

Antes do Coronavirus

A agenda profissional de Yuri Guerra foi sempre muito movimentada, com poucos intervalos entre as apresentações. Então, ele diz ter enfrentado um grande desafio, sem se apresentar, ao longo de quase dois anos. Listamos aqui, as apresentações de grande porte das quais Yuri participou, em 2020, e também neste ano, interpretando sempre personagens de destaque na história.

Fevereiro

Concerto em Lodi com a Lira de Orfeo, direção musical e participação de Raffaele Pe grande contratenor italiano.Com direção cênica de Marco Belussi, neste concerto foram inseridas arias de diversas óperas. Yuri interpretou Seneca, da opera L’Incoronazione di Poppea, de Monteverdi, e Caronte da ópera L’Orfeo, de Monteverdi.

Março

Ópera Napoli Milionária, de Nino Rota, com direção cênica de Fabio Sparvoli e regência do maestro Jonathan Brandani. Montagem realizada nos teatros: Verdi, di Pisa, Teatro del Giglio di Lucca e Goldoni, de Livorno. A reapresentação desta ópera foi remarcada para o segundo semestre de 2021.

Julho e Outubro

Turnê Italiana para apresentação da ópera redescoberta La Circe, de Alessandro Stradella. Com direção cênica de Fabio Pietrosanti e maestro Andrea de Carlo, orquestra do Stradella Young-Project, Yuri interpretou o personagem Algildo, o deus do rio

Agosto

Já em regime de reclusão domiciliar, Yuri se inscreveu no Corso d’Opera 2020, na Toscana, que considerou um precioso e importante processo de aprendizado, até porque entre o grande número de inscritos, apenas nove jovens foram selecionados. “Trabalhei com grandes estrelas do mundo da ópera, como Hugo de Ana, Alessandro Corbelli, Michele Pertusi e Daniele Rustioni. E apresentamos dois concertos, com repertorio de Mozart e Verdi”, revela Yuri.

Ainda em agosto, um evento inesquecível. Yuri integrou o evento online Economia de Francisco, o encontro mundial de jovens com o Papa Franciso. “Representei o Brasil e a Itália como artista voluntário. O objetivo do evento foi trazer à tona os problemas da economia global e as possiveis reformas podem ser feitas ao redor do mundo”, informa Yuri, que já teve o privilégio de ter se apresentado presencialmente para o Papa Francisco, em 2015, no Vaticano.

Dezembro

Produção de Amour Malade, de Lully/Marazzoli, ópera redescoberta e apresentada no Teatro Verdi di Pisa. Sob a regência do maestro Carlo Ipata e direção cênica de Lorenzo Maria Mucci. “Fizemos a reabertura da estação lirica do teatro em streaming. Esta ópera está disponivel no Youtube. Meu personagem foi o “Tempo””, diz Yuri.

Reabertura do espaço cênico em 2021

Abril

Realização de concerto em Streaming com direção cênica de Marco Bellussi, e direção musical de Raffaele Pe. Arias do repertorio barroco como “Orribile lo scempio”. Projeto apresentado junto a Lira de Orfeo.

Maio

Abertura do Circolo Lirico de Bologna com concerto presencial. Arias apresentadas: Si la rigueu e La Juive, de Fromental Halevy, e Il Lacerato Spirito, da opera Simon Boccanegra, de Giuseppe Verdi

Aplausos entusiasmados e crítica elogiosa à interpretação de Yuri Guerra em “La Circe”, em Roma

JUSSARA MARTINS

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O público e os críticos italianos receberam com grande entusiasmo a montagem de “La Circe”, opereta de autoria de Alessandro Stradella, que encerrou a temporada de ópera, no palco do tradicional Teatro Torlonia, semana passada (de 7 a 11/10), em Roma.

A produção foi do Stradella Young Project, que reúne em seu elenco astros e jovens estrelas do canto lírico internacional, oriundas de diversos países, incluindo o Brasil, representado pelo jovem cantor lírico Yuri Guerra.

A imprensa italiana compareceu em peso ao Teatro Torlonia, e os jornalistas ficaram bastante impressionados com as interpretações.

A jornalista Pina Giacomazzi, escreveu palavras elogiosas em seu blog “Belcanto e Dintorni” e foi literalmente tocada pela interpretação de Yuri, cuja “voz profunda e expressiva é particularmente fascinante”, considerou.

As vozes solo em “La Circe” foram de Mayan Rachel GoldenfeldCirce, (soprano), Federico FlorioZefiro, (soprano) e Yuri Miscante GuerraAlgido, (baixo).

A cenografia essencial de Nicole Figini é acompanhada por duas bailarinas esplêndidas: Yari Molinari, que também é coreógrafa, e Agnese Allegra. O ator Marco Ciardo com máscara de cavalo completa o ambiente bucólico.

Confira aqui algumas matérias publicadas pelos veículos impressos e digitais da midia italiana:

LA CIRCE STRADELLA ROME THEATRE VILLA TORLONIA # 2 STRADELLA YOUNG PROJECT – Blog Belcanto e Dintomi

Stradella Young Project em 2019:

Amare e fingere, opera perduta, risuona a Caprarola – Blog Limina Teatri

Amare&Fingere di Alessandro Stradella al Festival Grandezze&Meraviglie – Blog Rumor(S)Cena

FOTOS: Pina Giacomazzi/Belcanto e Dintorni

 

Cantor lírico Yuri Guerra se apresenta em Roma esta semana, no “Stradella Young Project”

Por Jussara Martins

O cantor lirico Yuri Guerra e todo o elenco da opereta “La Circe” já estão em Roma para a última apresentação deste concerto lírico do “Stradella Young Project”, que fez o cancelamento de todos os demais espetáculos agendados até o final deste ano, por causa das medidas de isolamento social que foram retomadas esta semana, também na Itália, para evitar uma segunda onda da Pandemia da Covid19, que volta a assustar os países da Europa.

“La Circe” é de autoria do compositor italiano Alessandro Stradella. Para as últimas apresentações da opereta ao público italiano foi escolhido  um dos templos tradicionais de Roma, o Teatro Torlonia. Com entrada gratuita, serão apenas sete apresentações, a partir de quarta-feira (7/10), seguindo na sexta-feira (9/10) e encerramento no domingo(11/10).

A orquestra do Stradella Young Project participa do espetáculo que terá direção musical de Andrea de Carlo; direção cênica de Fabiano Pietrosanti; cenografia de Nicole Figni; design de luz, de Andrea Panichi Izzotti; coreografia de Yan Molinari; e dança conduzida por Agnese Allegre.  A personagem central, Circe, é interpretada por Mayan Goldenfelt; Algildo é o papel de Yuri Guerra e Zefiro, do cantor Frederico Fiorio.

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Um brasileiro na Itália

Ao participar de espetáculos grandiosos de obras clássicas da ópera, em espaços culturais privilegiados da Europa, o jovem brasileiro Yuri Guerra se tornou um dos destaques permanentes do canto lírico internacional, considerado a maior revelação dos últimos tempos.

Baixo-barítono, de 27 anos, Yuri Guerra está radicado em Bologna, onde estuda e desenvolve sua prestigiada carreira internacional, fazendo importantes  trabalhos paralelos, como uma pesquisa sobre Villa-Lobos a que está se dedicando com apoio da Embaixada do Brasil na Itália. O projeto inclui uma nova internacionalização da obra do inovador maestro brasileiro, com apresentações em diversos países da Europa e das Américas.

OBRAS  SOCIAIS – Além de se dedicar ao canto lírico, desde cedo Yuri Guerra encontra-se envolvido com entidades não governamentais que atuam no fortalecimento dos Direitos Humanos, como o Lions Club (uma das entidades líderes mundiais em serviços comunitários e humanitários), o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase – Morhan – e, atualmente, junto ao Itaka Escolápios, um movimento internacional pela educação.

Em 2015, Yuri Guerra se apresentou perante o Papa Francisco, no Vaticano, durante um congresso internacional realizado pelo Morhan, em Roma. “Foi uma das maiores emoções de minha vida. A presença do Papa Francisco é muito forte. Fiquei dominado por uma profunda emoção ao cantar para o Papa Franciso”, recorda Yuri.

Radicado na cidade de Bologna, onde fez mestrado no tradicional Conservatório Giovanni Battista Martini, Yuri Guerra já é maestro em Canto Lírico pela instituição. No país conhecido como o berço da ópera, Yuri fez apresentações em espaços importantes, tais como a Basilica di San Martino Maggiore, a Cappella Farnese, o Museo della Musica e a Sala Bossi, um dos maiores e mais prestigiados locais de concertos, em Bologna, além de ter cantado na francesa Fête de la musique.

Em 2018, Yuri apresentou um espetáculo em homenagem a Villa-Lobos pela primeira vez na Casa Verdi, a tradicional residência dos artistas eruditos italianos, fundada pelo compositor Giuseppe Verdi. E este ano, está cumprindo uma movimentada agenda nos palcos europeus, tendo se apresentado durante uma feira de arte, em Bologna, e de uma montagem da famosa ópera-bufa “Barbeiro de Sevilha”, em Veneza.

Yuri também costuma se apresentar aqui no Brasil. Em agosto de 2018, apresentou o “Concerto em Homenagem a Villa-Lobos”, no Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Também já teve a oportunidade de realizar concertos com grande sucesso de público na Sala Minas Gerais e Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte.

O cantor lírico Yuri Guerra é o solista de três obras clássicas em “Dalla Russia Con Amore”

JUSSARA MARTINS

O cantor lírico Yuri Guerra se apresentará no concerto Dalla Russia Con Amore, ponto alto da celebração do Ano Novo Ortodoxo, para a Comunidade Russa, radicada em Bologna, Itália. Promovido pela Associação Emilia Romagna, o concerto acontecerá nesta-sexta-feira (10/01), na Parrocchia Di San Paolo Di Ravone, com início marcado para as 21h.
o “Dalla Russina Con Amore” terá o acompanhamento do  Corpo Bandistico G. Puccini – DLF di Bologna, sob a direção do maestro Marco Bennati. O repertório foi selecionados entre peças clássicas se de consagrados compositores russos, tais como Tchaikovsky, Rimskil-Korsakov, Porfiryevich Borodin, Fomin, Alexei , Lvov, Ivanovic Agapkin, Reed, Glazunov, Khachaturian e Philip Sparke.
O cantor lírico brasileiro, de registro vocal baixo, faz sua participação, no Dalla Russia Con Amore, interpretando nos idiiomas russo e italiano, como solista de três obras clássicas, De Boris Fomin, Yuri vai fazer o solo de “Dorogoy Dlinnoyu. Do compositor Alexander Glazunov, com arranjos de Massimo Spagi, Yuri fará o solo de Ei Ukhnem. É também o solista da composição de Adalgiso Ferraris, “Ochi Chornyye”.
Radicado em Bologna, onde se graduou Maestro em Canto Lírico e Mestre em Música de Camera, pelo Conservatório Giovan Battista Martini, Yuri Guerra acrescentou à sua formação acadêmica uma preciosa especialidade. É especialista  na obra do maior compositor erudito brasileiro, o maestro Heitor Villa-Lobos, e faz, na Europa, o relançamento das consagradas composições do maestro.

Yuri Guerra apresenta no Teatro Torlonia, em Roma, mais um espetáculo de “Amare e Fingere”

WhatsApp Image 2019-10-31 at 16.46.10JUSSARA MARTINS

O cantor Lírico Yuri Guerra e todo o elenco de “Amare e Fingere”  já estão em Roma, em prossegimento à turnê internacional, que está apresentando a ópera de autoria do italiano Alessandro Stradella em alguns países da Europa.

Sob a direção do maestro Andrea de Carlo, “Amare e Fingere” será encenada na noite desta quinta-feira (31/10), às 20h30m, no palco do histórico Teatro Villa Torlonia, conhecido como uma pérola da capital romana. A regência é do maestro Pawel Paszta e a direção cênica, de Fabiano Pietrosanti.
“Sinto-me um privilegiado por estar integrado à produção da primeira montagem na atualidade dessa verdadeira obra prima, que é a ópera “Amare e Fingere”. Tenho vivido experiências extraordinárias, dentro e fora dos palcos onde  nos apresentamos”, afirma Yuri Guerra, que tem registro vocal de baixo.
Aos 26 anos, o cantor lírico brasileiro é o mais jovem do elenco dessa produção, formada de jovens de estrelas do canto lírico, oriundas de diversos países. Ele interpreta  um dos papéis centrais da ópera, o príncipe persa Fileno Artabanos, por quem se apaixona a princesa Célia, o personagem da soprano Beatriz Arena Lagos.
 No papel do príncipe persa, um homem aparentemente de nível inferior, mas que é um nobre, o desempenho de Yuri vem recebendo elogios, especialmente por causa da maneira segura e forte como ele entrega a voz. Fileno Artabanos também veio icógnito da Pérsia, à procura da irmã sequestrada dez anos antes  por invasores árabes.

O TEATRO DE VILA TORLÔNIA E SUA RICA HISTÓRIA

O histórico Teatro Villa Torlonia , inaugurado em dezembro de 2013 após as obras de restauração, é o protagonista de um projeto mais amplo que visa a integração virtuosa das diferentes atividades e vocações da Villa, uma arca do tesouro que contém tesouros ambientais, artísticos e monumentais e memórias históricas.  

A história do Teatro Villa Torlonia remonta a 1841, quando foi encomendada pelo príncipe Alessandro Torlonia ao arquiteto Quintiliano Raimondi para celebrar seu casamento com Teresa Colonna, mas por várias razões sinistras as obras terminaram apenas em 1874.   

Além dos espaços cênicos, equipados com todo o equipamento técnico, foram construídas salas laterais para entreter os convidados durante as festas particulares do príncipe. O projeto reflete o gosto eclético da época com a coexistência de diferentes estilos: clássico e majestoso no corpo central, nórdico na estufa de vidro e ferro fundido da fachada sul, gótico, mouro, greco-romano e renascentista na decoração dos quartos dos apartamentos laterais .

Quase todas as pinturas do teatro foram feitas por Costantino Brumidi, um grande artista pouco conhecido na Itália, mas famoso nos Estados Unidos onde afrescou o Capitólio de Washington, obra que lhe valeu o apelido de “Michelangelo da América”.

O teatro, assim como todo o complexo de Villa Torlonia, foi adquirido pelo município de Roma pelos danos causados pela ocupação anglo-americana (1944-1947). Após décadas de roubo e abandono, a estrutura foi destruída e a privou do mobiliário. Os trabalhos de restauração e adaptação funcional, dirigidos pelo Departamento de Design da Zètema Progetto Cultura, sob a supervisão e a supervisão científica da Superintendência da Capitolina, foram extremamente complexos, mas realizados em total respeito ao já existente.

O cantor lírico Yuri Guerra se apresenta esta terça-feira, em, Vignola, Itália,na ópera “Amare e Fingere”

JUSSARA MARTINS

O cantor lírico brasileiro Yuri Guerra interpreta o príncipe persa Fileno Artabano, um dos personagens principais da opera barroca “Amare e Fingere”, que será apresentada esta terça-feira (29/10), às 20h30m,  na Sala Dei Contrari, em La Rocca de Vignola, Itália.

Com produção da Fundação Grandezze & Meraviglie, a ópera “Amare e Fingere, de autoria de Alessandro Stradella (1643-1682) é uma descoberta recente e extraordinária. Realizada na região de Módena, Itália, é a primeira produção da atualidade deste verdadeiro tesouro do canto lírico, que esteve desaparecido durante séculos, desde a primeira e única encenação, datada de 1676.
Célebre musicista da corte romana, Alessandro  Stradella era muito ligado à Modena e Vignola, tornando-se famosos pelas composições de música instrumental e oratórios sagrados, até se dedicar à opera, como “Amare e Fingere”.
O universo temático de “Amare e Fingere” é quase um lema de vida. girando em torno do amor, sensualidade, ciúme, disfarce, comédia e drama. acompanhando as cenas de dança e duelos. De quebra, uma viagem pelos abismos do poder e da paixão, na alta sociedade romana do Século XVII.
 Assim, a cena operística de “Amare e Fingere” transcorre nas fabulosas “Campanhas da Arábia”, onde vive a rainha Célia; sob disfarce, longe da corte, ela se dedica à caça. Sua companheira é  Clori, uma princesa que também vive longe da corte,, cujo nome verdadeiro é Desdina. O tutor Silvano usa  todos os argumentos para convencer a rainha a retornar à corte e se casar, para dar continuidade à sua dinastia.
Mas Célia se apaixona por Fileno, um homem aparentemente de nível inferior, mas que na realidade é o príncipe persa Artabanos, que veio icógnito da Pérsia, à procura da irmã, sequestrada dez anos antes por invasores árabes.
Sob a direção do maestro Andrea de Carlo, a cena se desenvolve  entre momentos de grandes surpresas e decisivas para se chegar ao final feliz. Apresentando  uma linguagem original e inovadora, a montagem atual de “Amare e Fingere” abraça três séculos de estilo, constituindo uma poderosa ferramenta didática, ao mesmo tempo em que representa uma ponte essencial entre o treinamento e a experiência profissional.
A colaboração da Fundação “Grandezze & Meraviglie” com essa raridade do cantor lírico mundial é de fundamental importância para o desenvolvimento deste projeto culturalmente tão arrojado, que é o “Stradella Young Project”. A produção  reúne em seu elenco jovens estrelas da ópera mundial, oriundas de diversos países, incluindo o Brasil, é claro, muito bem representado pelo jovem cantor lírico Yuri Guerra.
O ELENCO
Célia – Beatriz Arena Lagos – soprano.
Rosalbo – Nikolay Statsyuk – tenor.
Clori – Soe Garcia – soprano.
Fileno/Artabanos – Yuri  Guerra – baixo
Silvano – Antonia Fino – contralto
ERIND – Magdalena Pikula – soprano

Yuri Guerra faz show em Betim

Cantor se apresenta em ação promovida pela prefeitura municipal dentro do mês de prevenção do câncer de mama, o Outubro Rosa
Por PATRÍCIA CASSESE – O TEMPO
02/10/19 – 03h00

São várias as razões que trazem Yuri Guerra, 25, de volta à sua terra natal, agora – como, por exemplo, rever a família. Mas o mineiro, que há quase seis anos reside em Bolonha, tem também compromissos profissionais – entre eles, um que o cantor lírico (com registro vocal de baixo) abraça com especial entusiasmo: a apresentação no seminário “Outubro Rosa”, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde de Betim, que acontecerá nesta quarta-feira, das 14h às 18h, no auditório da prefeitura.

A ação integra um programa da prefeitura que, na verdade, se desenrolará por todo o mês. A participação de Guerra corresponde ao momento cultural de uma grade que contempla palestras e apresentações de dados, entre outros. “Na verdade, sempre procuro privilegiar apresentações que têm esse cunho social”, diz Guerra, que é voluntário de iniciativas como o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, a Morhan.

Nesta quarta, em Betim, Yuri mostra o pocket show “Na Corda da Vitrola”, que celebra a década de ouro da rádio nacional, com músicas que fizeram sucesso nas vozes de Nelson Gonçalves ou Vicente Celestino, para citar exemplos – composições como “Noite Cheia de Estrelas” ou “Mia Gioconda”. Ele também deve incluir “Hallelujah”, de Leonard Cohen.

Guerra lembra que seu interesse pelo universo da música emergiu cedo, quando, ainda pequeno, acompanhava os pais a concertos, balés e óperas apresentados no Palácio das Artes. “Na infância, a minha primeira influência foi o Edson Cordeiro, mesmo porque, tinha um registro agudo muito similar”, conta.

Numa etapa seguinte, a admiração migrou para o tenor italiano Luciano Pavarotti. “Lembro-me da minha decepção quando ele, já com a doença avançada (o câncer no pâncreas, que acabou matando-o em 2007), cancelou a apresentação que faria em Minas”, rememora.

Do território da admiração à escolha profissional propriamente dita, um empurrão importante veio do fato de ter se integrado ao coral da Fundação Torino, escola na qual estudou. Mas foi quando saiu do Brasil, aos 14 anos, rumo ao Canadá, imbuído da vontade de estudar mais a fundo o repertório camerístico, que Yuri se deu conta da ausência brasileira naquela seara. “Aí, para não ficar cantando sempre Debussy, Schubert, Strauss, descobri Villa-Lobos. Claro, já conhecia, mas não tão a fundo”, reconhece. Guerra começou, então, a pesquisar o repertório, com a ajuda de professores da UFMG e da Fundação Villa-Lobos, do Rio de Janeiro.

“E me apaixonei. Ali – inclusive nas falas, nos discursos dele –, encontrei a minha identidade, como pessoa e como brasileiro, no sentido de nacionalidade mesmo. Lá fora, queria algo que me desse orgulho, e tudo isso foi desaguar no projeto ‘Um Espetáculo para Villa-Lobos’, que inclusive veio aqui, na Fundação de Educação Artística, com lotação máxima”.

“Depois, voltei para a Itália, onde defendi meu mestrado e onde sigo me dedicando a esse repertório. A ideia é fazer com que a música de Villa-Lobos seja cada vez mais escutada e influenciar os cantores líricos internacionais a inserir as composições dele nos recitais e concertos”, diz.

Em tempo: O evento da Prefeitura de Betim integra um rol de ações que visa incentivar a população a procurar orientação médica para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama.

FOTO: João Godinho

Yuri Guerra se apresenta em La Boheme, em festa religiosa na Itália

Por Jussara Martins

O cantor lírico brasileiro Yuri Guerra interpreta um dos personagens centrais, o jovem Colline, na ópera la Bohème, que foi apresentada nestYure domingo (15/09), às 21h, na Sagrato Chiesa S.G. Battista, na cidade de Cesano Boscone, Itália, como parte de uma tradicional celebração local, denominada Festa Patronale  della Madiona del Rosario.

Com produção de Laura Dacomo, a encenação de La Bohème tem direção artística de Lorenzo Piccollo, com orquestra sob a regência do maestro Damian Dauti.

Os sete personagens de la Bohème  são interpretados pelos seguintes cantores líricos: Mimi (Laura Dacono); Musetta (Melissa Pumell); Colline (Yuri Guerra); Rodolfo, ( Andrea Bianchi); Marcelo (Minho Lee); Schaunard ( Ruy DongHwi); Alcindoro e Benoit (Giovani Guerini)

Uma trágica história de amor

“La Bohème” é uma ópera proletária, que está entre as obras mais famosas de Giacomo Puccini, com libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, baseado no livro “Scènes de La VieBohème”, de Henri Murger.

O enredo se passa na Paris da primeira metade do século 19 e tem como foco central um grupo de artistas com problemas financeiros.

Rodolfo, Marcello, Schaunard e Colline enganam o dono do sótão que partilham, não pagam o aluguel e saem para a comemoração. No Café Momus, Rodolfo conhece Mimì, por quem se apaixona e que, tempos mais tarde, irá abandonar, e Marcello reencontra Musetta. Depois de ter sido abandonada pelo amado, Mimì retorna já muito fraca e morre tragicamente.

“La Bohème”é uma ópera em quatro atos e estreou no Teatro Regio de Turim em 1 de fevereiro de 1896, sob a regência de Arturo Toscanini. No Brasil teve sua estréia no Theatro da Paz, em Belém do Pará, no dia 21 de abril durante a temporada lírica de 1900.

Yuri Guerra interpreta personagem central, em “Amare e Fingere” no Stradella Young Project, na Itália

Por Jussara Martins

O cantor lírico brasileiro Yuri Guerra é o intérprete do Príncipe da Pérsia, Fileno Artabano , um dos personagens principais  da ópera barroca “Amare e Fingere”, que será apresentada este sábado, (14/09), às 20h30m, com ingresso no valor de 10 Euros, no belíssimo Palazzo Farnese de Caprarola, uma construção arquitetônica do ano de 1500,  como atração de um dos mais importantes eventos de música barroca produzidos na Itália, o FESTIVAL STRADELLA
 Precedendo a encenação, haverá uma conferência sobre a ópera barroca, às 18h30m, ministrada pelo professor Arnaldo Morelli, para destacar a importância desta obra prima do canto lírico e revelar detalhes sobre a montagem atual. A entrada será gratuita.
A ópera “Amare e Fingere” tem direção artística do  maestro  Andrea de Carlo, com direção cênica do polaco  Pawel Paszt. No cast, diversas jovens estrelas internacionais do canto lírico, oriundas de países como Espanha, França, Polônia, Itália e, claro,o Brasil, representado por Yuri Guerra, o mais jovem integrante do elenco.
O jovem brasileiro,que tem registro vocal de baixo, foi convidado pela produção logo após ter concluido o mestrado em Música de Camera pelo Conservatório Giovan Baptiste Martinni, de Bologna, a mais antiga instituição estadual de ensino italiana, onde Yuri também se graduou maestro em Canto Lírico. A tese de mestrado desenvolvida por Yuri apresenta uma análise sobre a nova interpretação da obra de Heitor Villa-Lobos, a partir de sua própria experiência e pesquisas.
O STRADELLA YOUNG PROJECT É UM LUXO
Este é o segundo evento do requintado e erudito Stradella Young Project, produzido pelo Instituto Bel Canto, da Europa, cuja grande atração, no momento, é a apresentação da ópera barroca “Amare e Fiogere”. A estréia da turnê foi na cidade italiana de Lárquila, em Abruzzo, com grande afluência de público e baita prestígio na mídia, com direito à transmissão direta, ao vivo, em rede nacional, pela maior emissora da Itália, a RAITV .
Segundo informações de Yuri Guerra, a encenação desta ópera vem sendo motivo de grande entusiasmo por parte dos amantes do chamado “Bel Canto, com o apoio da própria mídia italiana e também de toda a Europa por uma razão especial:
“A primeira apresentação de “Amare e Fingere” aconteceu em 1648. Depois disso, o libreto desapareceu misteriosamente, sem ninguém saber nada sobre paradeiro do original. Há apenas um ano, a ópera barroca foi reencontrada aqui na Itália, onde esteve sua segunda montagem este ano”. revela Yuri, informando que  a obra integra o repertório do Stradella Young Project, destinado a incluir alguns jovens intérpretes do canto lírico ao elenco dos veteranos e tendo traçado um roteiro internacional a ser percorrido até o próximo ano.
“Já temos apresentações com agendas marcadas na França e na România”, pontua Yuri.

“Amare e Fingire”: uma história envolvente de ficção e tramas de amor na paisagem evocativa e exótica de uma Arábia imaginária. Foi transposta  aos dias atuais, e inserida no corpus das obras de Stradella, graças às pesquisas e estudos do Prof. Arnaldo Morelli. Todos os jovens intérpretes foram selecionados com um anúncio específico. O elenco é o seguinte: Beatriz Arenas Lago (Celia), Nikolay Statsyuk (Rosalbo), Sofie Garcia (Chloris), Yuri Miscante Guerra (Fileno), Antonia Fino (Silvano), Magdalena Pikuła (Erinda), dirigida por Pawel Paszta.

Stradella Y-Project, nascido em 2011 dentro do “A. Casella “de L’Aquila, com o objetivo de realizar e divulgar o trabalho do grande compositor Alessandro Stradella, sob a orientação de Andrea De Carlo, é formado nesta ocasião por Lucrezia Nappini violino I, Angelo Di Ianni violino II, Francesco Olivero torbis e violão barroco, Elias Pfetscher theorybo, Irene Maria Caraba viola da gamba, Serena Seghettini viola da gamba, contrabaixo Hamlet Matteucci, contrabaixo de Diego Ruenes Rubiales e órgão de Diego Ruenes Rubiales e cravo Lucia Adelaide Di Nicola.
Dado o período histórico e o estilo musical do século XVII, o evento também foi incluído na XXIII Revista de Música Antiga “Concertos de Euterpe”.

Confira abaixo o programa da ópera:

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Yuri Guerra se apresentará no Coro de Parma no “Musiques en Fête”, na cidade francesa de Orange

JUSSARA MARTINS

O cantor lírico Yuri Guerra estará se apresentando em Orange, sul da França, nesta quarta-fira (19/06), no grandioso e tradicional evento lírico Musiques en Fête do Festival de Chorégeries d’Orange, que terá transmissão ao vivo, a partir das 21h, do Thèatre Antique d’Orange, pelo Canal France 3, em cadeia nacional francesa, com retransmissão pelo Ôlorix.

Em sua nona edição, o Musiques en Fête está celebrando os 150 anos do Festival de Chorégeries, e reunindo neste  teatro antigo mais conservado do mundo, que é um monumento tombado pela Unesco, mais de duzentos convidados, entre estrelas do mundo da ópera e jovens talentos emergentes, com apresentação de Cyril Feraud e Judith Chaine.

Para acompanhar os cantores, as orquestras regionais de Avignon-Provence e Cannes-Provence-Alpes-Côte D’Azur se juntarão ao Coro de Parma (sob a direção de Stefano Visconti) e ao Master of the Opera (dirigidos por Florença Pogemberg), sob a batuta de Luciano Acocella. Os Dançarinos da Ópera de Avignon (dirigidos por Eric Belaud) também participam desteMusiques en Fête.

“Vou integrar o Coro de Parma”, informa o brasileiro Yuri Guerra, com o registro vocal de baixo. “Estou me sentindo um privilegiado de estar aqui, neste cenário histórico, junto desse grupo enorme de músicos líricos consagrados e para cantar um belíssimo repertório de alguns dos mais importantes compositores clássicos imortais. Por solicitação especial do presidente da França, Emmanuel Macron, foi incluída a apresentação da Nona Sinfonia de Beethoven, reverenciada como hino europeu”, detalha Yuri.

Outros artistas que irão iluminar a cena no Thèatre Antique d’Orange são:  Béatrice Uria-Monzon , Patrizia Ciofi , Thomas Caro , Thomas Bettinger , Sara Blanch Freixes, Marc Scoffoni , Amelia Robins , Erminie Blondel , Kevin Amiel , Valentim Lemercier , Jérôme Boutillier , Florian Cafiero , Chloé Chaume , Fabienne Conrad , Armelle Khourdoian e Florian Laconi. O festival marca também a apresentação de Roberto Alagna e da cantora beninense Angèlique Kidjo.

O repertório de composições consagradas

O programa do Musiques en Fête do Festival de Chorégeries d’Orange é composto do seguinte repertório:

VERDI: Aída; Gloria all Egito (coro)

BELLINI: Norma; Casta Diva (Conrad + coro)

VERDI: Nabucco; Comme notte ( Dear + coro)

BIZET: Carmen; Air de toureador (Boutillier+coro)

VERDI: Traviatta:Libiamo (Conrad/Laconi+ coro)

OFFENBACH: Les Contes; (Kleinszach/Laconi+ coro)

OFFENBACH:Orphée aux Enfers ; Ce bal est original

DONIZETTI: Lucia; Finale du II(Ciofi, Lemercier, Amiel, Bettinger,Boutillier, Dear + coro)

MASSENET: Le Cid; Prière (Alagna+ coro)

BERGER:  Starmani; Les blues du businessman (Laconi + coro),dirigé por Didier Benetti

ANGELIQUE KIDJO: La vida es un carnaval (coro); dirigé por Didier Benetti