Yuri Guerra apresenta no Teatro Torlonia, em Roma, mais um espetáculo de “Amare e Fingere”

WhatsApp Image 2019-10-31 at 16.46.10JUSSARA MARTINS

O cantor Lírico Yuri Guerra e todo o elenco de “Amare e Fingere”  já estão em Roma, em prossegimento à turnê internacional, que está apresentando a ópera de autoria do italiano Alessandro Stradella em alguns países da Europa.

Sob a direção do maestro Andrea de Carlo, “Amare e Fingere” será encenada na noite desta quinta-feira (31/10), às 20h30m, no palco do histórico Teatro Villa Torlonia, conhecido como uma pérola da capital romana. A regência é do maestro Pawel Paszta e a direção cênica, de Fabiano Pietrosanti.
“Sinto-me um privilegiado por estar integrado à produção da primeira montagem na atualidade dessa verdadeira obra prima, que é a ópera “Amare e Fingere”. Tenho vivido experiências extraordinárias, dentro e fora dos palcos onde  nos apresentamos”, afirma Yuri Guerra, que tem registro vocal de baixo.
Aos 26 anos, o cantor lírico brasileiro é o mais jovem do elenco dessa produção, formada de jovens de estrelas do canto lírico, oriundas de diversos países. Ele interpreta  um dos papéis centrais da ópera, o príncipe persa Fileno Artabanos, por quem se apaixona a princesa Célia, o personagem da soprano Beatriz Arena Lagos.
 No papel do príncipe persa, um homem aparentemente de nível inferior, mas que é um nobre, o desempenho de Yuri vem recebendo elogios, especialmente por causa da maneira segura e forte como ele entrega a voz. Fileno Artabanos também veio icógnito da Pérsia, à procura da irmã sequestrada dez anos antes  por invasores árabes.

O TEATRO DE VILA TORLÔNIA E SUA RICA HISTÓRIA

O histórico Teatro Villa Torlonia , inaugurado em dezembro de 2013 após as obras de restauração, é o protagonista de um projeto mais amplo que visa a integração virtuosa das diferentes atividades e vocações da Villa, uma arca do tesouro que contém tesouros ambientais, artísticos e monumentais e memórias históricas.  

A história do Teatro Villa Torlonia remonta a 1841, quando foi encomendada pelo príncipe Alessandro Torlonia ao arquiteto Quintiliano Raimondi para celebrar seu casamento com Teresa Colonna, mas por várias razões sinistras as obras terminaram apenas em 1874.   

Além dos espaços cênicos, equipados com todo o equipamento técnico, foram construídas salas laterais para entreter os convidados durante as festas particulares do príncipe. O projeto reflete o gosto eclético da época com a coexistência de diferentes estilos: clássico e majestoso no corpo central, nórdico na estufa de vidro e ferro fundido da fachada sul, gótico, mouro, greco-romano e renascentista na decoração dos quartos dos apartamentos laterais .

Quase todas as pinturas do teatro foram feitas por Costantino Brumidi, um grande artista pouco conhecido na Itália, mas famoso nos Estados Unidos onde afrescou o Capitólio de Washington, obra que lhe valeu o apelido de “Michelangelo da América”.

O teatro, assim como todo o complexo de Villa Torlonia, foi adquirido pelo município de Roma pelos danos causados pela ocupação anglo-americana (1944-1947). Após décadas de roubo e abandono, a estrutura foi destruída e a privou do mobiliário. Os trabalhos de restauração e adaptação funcional, dirigidos pelo Departamento de Design da Zètema Progetto Cultura, sob a supervisão e a supervisão científica da Superintendência da Capitolina, foram extremamente complexos, mas realizados em total respeito ao já existente.