Atenção internacional em relação à hanseníase se volta ao Brasil: Rio de Janeiro sedia encontro inédito de entidades da América Latina e do Caribe

País concentra 95% dos casos da doença na região. Evento tem objetivo de organizar cooperação internacional para defesa dos direitos das pessoas atingidas pela hanseníase e na eliminação da doença

No dia 11 de março, representantes de organizações como a Organização Pan-americana de Saúde/Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS), o Mandato das Nações Unidas (ONU) para a Eliminação da Discriminação contra as Pessoas Atingidas pela Hanseníase e seus Familiares (Relatora Especial Alice Cruz, em visita acadêmica), o Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), o Conselho Nacional de Saúde (CNS) e movimentos sociais de dez países desembarcarão no Rio de Janeiro para participar do I Encontro Latino-americano e Caribenho de Entidades de Pessoas atingidas pela Hanseníase. O evento se realiza na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) até o dia 14, reunindo cerca de cem ativistas representantes de entidades da América Latina – Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, México, Paraguai e Peru – além de integrantes de instituições dos EUA, Alemanha e Japão, que participam como observadores.

A iniciativa é do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), do Brasil, e da Federação de Entidades de Pessoas afetadas pela Hanseníase (Felehansen), da Colômbia, com o apoio da Fiocruz, do Ministério da Saúde e da Fundação Nippon, do Japão.

Essa será a primeira vez que as entidades da AL e Caribe se reúnem para encaminhar questões conjuntas sobre o tema do enfrentamento à doença e ao estigma social que a cerca. “Queremos fortalecer um amplo e permanente diálogo entre sociedade civil governos na tentativa de avançar na proteção das pessoas atingidas pela doença, no enfrentamento ao estigma e na eliminação da doença”, afirma um dos coordenadores nacionais do Morhan, Artur Custódio.

O encontro será um importante fórum de deliberação de questões para o Congresso Mundial de Hanseníase/Encontro Mundial de Pessoas afetadas pela Hanseníase, que se realiza em setembro, nas Filipinas.

Estudos, como o publicado em 2018 pela USP, apontam que a desigualdade social é o fator central que impede a eliminação da hanseníase na América Latina. E, diagnosticando entre 25 e 30 mil novos casos da doença por ano, o Brasil concentra 95% dos casos de hanseníase nas Américas, sendo também o país com o maior incidência (número de casos novos em relação à população) da doença em todo o mundo – a Índia registra mais casos em número absoluto, mas possui uma população cinco vezes maior que a do Brasil. “Esses indicadores não fazem sentido para uma doença que tem cura e tratamento gratuito assegurado pelo SUS: é preciso avançar em informação para a população, capacitação dos profissionais de saúde e comprometimento público dos gestores municipais, estaduais e federais para caminharmos na eliminação da doença e na garantia dos direitos das pessoas atingidas. Pensar este debate de forma articulada em toda América Latina e Caribe é o nosso desafio”, defende o dirigente do Morhan.

OPAS e OMS criaram a Estratégia Global de Hanseníase 2016-2020, com diretrizes para ações que detectem precocemente a enfermidade e para fornecer tratamento imediato para prevenir e reduzir a transmissão. A estratégia foi apresentada em Palmas, Tocantins, em outubro de 2017, na primeira Conferência Livre de Vigilância em Saúde, que teve como foco a hanseníase. Esse será um dos temas do encontro no Rio de Janeiro, junto com debates sobre participação social e política, monitoramento e promoção de Direitos Humanos, estratégias de preservação histórica, questões relativas ao tratamento e à reabilitação e os caminhos dos movimentos em cada país e na América Latina e Caribe (Confira a programação em anexo).

ATRAÇÕES CULTURAIS – Entre as atividades culturais que integram a programação do encontro, está a participação especial de Yuri Guerra, jovem brasileiro considerado uma revelação do canto lírico internacional. Artista voluntário do Morhan radicado na Itália, o baixo-barítono se apresenta na abertura do evento, dia 12, às 9 horas. Outro destaque é o lançamento do livro “Retratos de uma política pública: Memórias de infâncias violadas Brasil e Portugal”, com a presença da autora, Lilian Angélica da Silva Souza, no dia 12, às 15 horas. A obra aborda a história dos filhos e filhas separados de seus pais pela política de isolamento compulsório da hanseníase nos dois países.

Serviço:

I Encontro Latino-americano e Caribenho de Entidades de Pessoas atingidas pela Hanseníase

11 a 14 de março

Pavilhão: INCQS – Fiocruz  – Rio de Janeiro – Brasil

Avenida Brasil 4365 Manguinhos RJ

Cantor brasileiro interpreta “O Barbeiro de Sevilha”, na Itália

O brasileiro Yuri Guerra é um dos novos destaques do canto lírico internacional e integra o seleto grupo do chamado “Master Class”, que apresentará um concerto de grande porte, este domingo (17/02), às 16h. , em Veneza, Itália, denominado “Nella testa ho um camapanello”.

O grandioso espetáculo tem repertório composto de músicas de Verdi, Rossini, Puccini e Bellini. O local do concerto é o histórico Bauer Palazzo, uma relíquia da arquitetura típica de Veneza. A organização do evento resulta de uma parceria tríplice entre a Associação Spirito Nuovo , tradicional produtora de concertos clássicos naquela região, o Circolo della Lirica di Padova e a Accademia Lirica Internazionale di Padova.

“Vou fazer uma participação de grande responsabilidade, ao cantar a famosa ópera-bufa ‘O Barbeiro de Sevilha’, com certeza uma das mais conhecidas composições de Gioachino Rossini”, destaca o jovem cantor lírico brasileiro, baixo-barítono de 23 anos, que está radicado em Bologna, onde estuda e desenvolve sua prestigiada carreira internacional.

O brasileiro se sentiu muito honrado em interpretar a famosa Barbiere di Siviglia, lembrando que Rossini era célebre por seu ritmo rápido de composição: “Toda a música do Barbiere di Siviglia foi completada em menos de três semanas”.

“As montagens da ópera-bufa “Barbieri di Siviglia” registram sempre grandes sucessos, com aplausos de plateias bastante entusiasmadas, principalmente quando o barbeiro entoa a célebre “Figaro, fígaro, fígaro”, pontua Yuri.

O concerto “Nella testa ho um campanello” reúne um time de profissionais de alto nível da música lírica italiana. A direção cênica é de Marco Belussi; a direção musical, de Fernando Cordeiro Opa: e o pianista é Cristiano Zanellato.

Concerto com Yuri Guerra em Bologna

O cantor lírico brasileiro Yuri Guerra começa o ano de forma positiva, com agenda de apresentações marcadas para acontecer durante todo o mês de  fevereiro, em algumas cidades da Itália.

Este domingo (03/02), entre as 10h e 12h, o brasileiro vai se apresentar em um concerto gratuito denominado Prisma, dentro do evento Art City/Art Fiera, na Vila del Porto, em Bologna.

A produção do concerto é da Dispositivo Arti Sperimentali, uma associação de música contemporânea, que se estabeleceu recentemente em Bologna, onde recebe investimentos para desenvolver projetos culturais.

“No repertório deste concerto, cantarei composições de Simone Grande, de ótima aceitação pelo público em Bologna”, informa Yuri, acrescentando um detalhe revelador sobre o alcance do trabalho do compositor: “Simone se inspira na incapacidade do ser humano de se comunicar”, anunciou.

FONTE: Comunicação Yuri Guerra

Fui entrevistado pelo programa “Panorama cultural”, da Rádio Sputnik

Na quarta-feira (9/1), conversei sobre as expectativas para minha apresentação no concerto “Dalla Russia Con Amore”, promovido pela Associação Emilia Romagna na Parrocchia Di San Paolo Di Ravone, comemorando o Ano Novo Ortodoxo. A apresentação aconteceu em 11/1, e logo vamos postar vídeos por aqui! por enquanto, confiram minha entrevista à Rádio Sputnik.

 

 

Para a Rússia, com amor

WhatsApp Image 2019-01-09 at 11.57.10Para a comunidade russa radicada em Bologna, Itália, ainda é tempo de celebrar a chegada do Ano Novo. Esta sexta-feira (11/01), às 21h (Horário local), na Parrocchia Di San Paolo Di Ravone, a Associação Emilia Romagna marcará o início do Ano Novo Ortodoxo com um grande concerto aberto ao público: ”Dalla Russia Con Amore”

Sob a regência do maestro italiano Marco Benatti, o solista convidado deste belo evento é o jovem cantor lírico brasileiro Yuri Guerra, que apresentará na celebração um repertório selecionado entre os grandes compositores da música russa, como Cafkovski, Rimskij Korsakov, Borondin e Musorgskij, Yuri cantará acompanhado pelo Corpo Bandístico Puccini – DLF Bologna.

“Vou apresentar cantos populares russos junto com essa banda maravilhosa, fundada em Chesnokov, na Rússia, em 1952. Teremos o privilégio de cantar sob a regência do grande maestro Marco Benatti”, informa Yuri Guerra, baixo-barítono radicado em Bologna, onde cursa o doutorado e desenvolve uma promissora carreira no canto lírico, na terra considerada o berço da ópera.

O cantor lírico brasileiro tem uma ótima expectativa sobre o concerto, num local altamente inspirador: “Sou muito ligado ao repertório russo pela minha categoria vocal. E acredito não haver nada mais forte numa manifestação de cultura do que os cantos de um povo. Então me sinto muito honrado por ter sido chamado para cantar este repertório, que vai trazer muitas emoções para todas as pessoas presentes”.


Defesa da identidade e integração cultural

O concerto é patrocinado pela Associação Russa Emilia Romagna, que tem a finalidade de promover relações entre Itália e Rússia, no ambiente geopolítico euro-asiático, além de apoiar a integração política, econômica, estratégica e cultural, favorecer o diálogo e o respeito recíproco pelas tradições presentes no continente, e defender a conservação da identidade étnica, cultural e religiosa de cada povo.

A Associação colabora com instituições públicas e privadas, dentro do Estado italiano, da Rússia e da União Europeia. Também está ligada ao Consulado Geral da Rússia em Milão, já que promovem conjuntamente eventos sociais, musicais, artísticos e muitas outras atividades, visando sempre à difusão da cultura russa na Itália.

Música no Museu recebe cantor lírico Yuri Guerra, com “Um espetáculo para Villa-Lobos” no CCBB

O projeto Música no Museu receberá o baixo-barítono Yuri Guerra, em  homenagem especial ao ícone maior da música erudita brasileira, o maestro e compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos. O cantor lírico se apresentará ao lado da pianista Regina Lacerda. A entrada é gratuita e acontece na quarta-feira, dia 8/08, às 12h30, no CCBB.

No repertório de “Um espetáculo para Villa-Lobos”, uma seleção de composições consagradas: Papae Curumiassú, Xangô, Nozani-ná, Modinha, Cantinela nº3, ó Pálida Madona, Abril, O Anjo da guarda, Canção do Marineiro, Viola Quebrada, Nhapôpé, Cantiga do Viúvo e  Adeus Êma.

No CCBB, o cantor se apresentará com acompanhamento de Regina Lacerda, graduada em piano e órgão, e mestre em órgão pela Escola de Música, da UFRJ. Ela foi professora de órgão na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e substituta na Escola de Música da UFRJ. Atua em apresentações como organista e pianista acompanhadora em recitais e gravações de CDs com obras de autores contemporâneos e antigos, estrangeiros e brasileiros.

Nascido em Belo Horizonte, Yuri Guerra ingressou aos oito anos no coral da Fundação Torino Escola Internacional, onde se tornou o primeiro solista. Estudou na Vancouver Academy of Music, no Canadá, até 2014, sob a orientação do maestro David Meek. Logo em seguida, mudou-se para Itália, para dar prosseguimento ao aperfeiçoamento das técnicas vocais.

Um brasileiro na Itália

Radicado na cidade de Bologna, na Itália, onde faz mestrado no tradicional Conservatório Giovanni Battista Martini, Yuri Guerra é maestro em Canto Lírico pela instituição. Na Europa, desenvolve um trabalho de pesquisa e toca o projeto de re-internacionalização de Villa-Lobos, desenvolvido em parceria com o Consulado Brasileiro de Milão. Para o mês de novembro, Yuri já programou a realização de um concerto na Casa Verdi, espaço fundado pelo consagrado músico italiano Giuseppe Verdi.

No país conhecido como o berço da ópera, Yuri fez apresentações em espaços importantes, tais como a Basilica di San Martino Maggiore, a Cappella Farnese, o Museo della Musica e a Sala Bossi, um dos maiores e mais prestigiados locais de concertos, em Bologna. Além de ter cantado na francesa te de la musique, Yuri teve a oportunidade de se apresentar para o Papa Francisco, no Vaticano, como artista voluntário e integrante do Morhan – Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase.

Música no Museu

No mês de agosto, o Música no Museu dá sequencia às comemorações de seus 21 anos, ressaltando os Imortais da Música Brasileira e os Gênios Internacionais.

Iniciado  em dezembro de 1997 no MNBA pelo violonista Turíbio Santos, Música no Museu tornou-se a maior série de musica clássica do Brasil e uma das maiores do mundo reconhecida pelo RankBrasil, a versão brasileira do Guinness Book.  Seus números são impressionantes chegando a fazer cerca  de 500 concertos por ano, de norte a sul do Brasil. Ocupa perto de 2.500 músicos/ano e tem uma vertente internacional, desde 2006, apresentando produções em cidade de todos os continentes: Europa ( Portugal, Espanha, França,  Republica Tcheca,Itália, Alemanha, Áustria)  Américas: USA (inclusive no Carnegie Hall em Nova Iorque e no LACMA em Los Angeles), Chile, Argentina, Africa: Marrocos, Asia: Índia e  Vietnã  e Oceania, Austrália, levando músicos e a musica brasileira para o exterior.

Sobre Heitor Villa-Lobos

Heitor Villa-Lobos, maestro e compositor, émconsiderado o expoente máximo da música do Modernismo no Brasil. Nascido no Rio de Janeiro, no dia 5 de março de 1887, recebeu orientação musical ainda criança e aos 19 anos de idade fez suas primeiras composições. Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna realizada em São Paulo e seguiu dirigindo diversas orquestras por todo o mundo, recebendo grande incentivo de músicos internacionais, como Debussy e Stravinski.

Ao longo de toda a vida (1887-1959) escreveu inúmeras composições e organizou um coral de 12 mil vozes em São Paulo no ano de 1931, acontecimento de grande importância na América do Sul. Em suas viagens pelo Brasil, fez pesquisas e catalogou em seu diário as muitas modalidades musicais do folclore brasileiro, como  análise para inspiração de suas composições. Dentre mais de mil músicas de sua autoria, o grande destaque são 16 choros compostos no período de 1920 a 1929.

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