Yuri Guerra faz participação especial no concerto “Nella testa ho un campanello”, em Bologna

O brasileiro Yuri Guerra, um dos novos destaques do canto lírico internacional, integra o seleto grupo que reúne intérpretes de varias nacionalidades , que apresentará o concerto de grande porte, “Nella testa ho un campanello”, esta sexta-feira (10/05), às 19h, na Salla della Musica Basilica de San Petronio, em Bologna.

“Nella testa ho un campanello” tem repertório composto de músicas de Verdi, Rossini, Puccini e Bellini. A organização do evento é do Lions Club Bologna San Petronio, Lions Club Valli Savena e Sambro e o Lions Club Castenaso Villanova Gozzadini.

“Vou fazer uma participação de grande responsabilidade, ao cantar a famosa ópera-bufa “O Barbeiro de Sevilha”, com certeza uma das mais conhecidas composições de Gioachino Rossini”, destaca o jovem cantor lírico brasileiro, de 25 anos, que está radicado em Bologna, onde estuda e desenvolve sua prestigiada carreira internacional.

O brasileiro se sentiu muito honrado em interpretar a famosa Barbiere di Siviglia, lembrando que Rossini era célebre por seu ritmo rápido de composição: “Toda a música do Barbiere di Siviglia foi completada em menos de três semanas”.

“As montagens da ópera-bufa “Barbieri di Siviglia” registram sempre grandes sucessos, com aplausos de plateias bastante entusiasmadas”, pontua Yuri.

O concerto “Nella testa ho um campanello” reúne um time de profissionais de alto nível da música lírica italiana. A direção cênica é de Marco Belussi; a direção musical, de Fernando Cordeiro Opa; e o acompanhamento, de Marco Berdondini.

“Nella testa ho un campanello” terá a participação dos seguintes cantores líricos:

Angelique Gerorgiou, soprano (Chipre); Dora di Natale,soprano (Itália); Yuri Guerra, baixo (Brasil); Maria Teresa Becci, soprano (italia); Janetta Ledell, mezosoprano ( Estados Unidos); Federica de Marco – soprano (Italia); Ketavan Abiataria – soprano (Georgia);Luigi Morassi, tenor (Italia) e Masashi Tomosugi, barítono (Japão).

Yuri Guerra interpretou o Salmo 42, de Felix Mendelssohn, em Bologna. Confira.

Na terça-feira (7/5), durante o concerto denominado “Bologna Cidade dos Órgãos”, realizado na Sala Bossi, um espaço tradicional localizado dentro do Conservatório de Música de Bologna, o cantor lírico brasileiro Yuri Guerra interpretou o Salmo 42, de Mendelssohn.

O cantor lírico Yuri Guerra apresenta em premier mundial a releitura do Salmo 42, de Mendelssohn

Jussara Martins

O cantor lírico brasileiro Yuri Guerra começa o mês de maio com uma agenda de eventos super interessantes . Assim, três concertos já estão marcados para acontecer, este mês, em Bologna, a cidade italiana onde Yuri está prestes a completar o mestrado em música de câmera e desenvolve sua carreira internacional.

Na próxima terça-feira (07/05), o brasileiro vai se apresentar no concerto gratuito denominado “Bologna Cidade dos Órgãos”, programado para a  Sala Bossi, um espaço tradicional localizado dentro do Conservatório de Música de Bologna, a instituição de ensino superior mais antiga da Itália.

A apresentação, aberta ao público, terá início às 18h30.

“No repertório selecionado para este concerto, vou fazer, em premier mundial, a interpretação de uma composição feita especialmente para mim pelo jovem músico Giorgio Musolesi”, revela Yuri, informando que a grande novidade deste concerto é a releitura  do Salmo 42, de autoria de Felix Mendelssohn Bartholdy. “Em seguida ao meu solo, será a vez do Coral do Conservatório fazer a apresentação da obra original de Mendelssohn”, observa Yuri, lembrando que se sentiu muito honrado com o presente que recebeu de Musolesi.

“Vai ser uma boa oportunidade para o público ouvir minha interpretação, seguida pelas  vozes do Coral do Conservatório cantando a composição original de Mendelssohn”, conclui Yuri, com grande contentamento.

Yuri Guerra se apresentará em Nápoles este fim de semana

JUSSARA MARTINS

A cena operística se instalará em Nápoles, Itália, neste fim de semana, onde o cantor lírico Yuri Guerra se apresentará juntamente com outros intérpretes nos dois concertos que serão realizados pelo Coro do Conservatório de Bologna, em pontos nobres da cidade italiana.
Neste sábado, 13/04, às 20h.,O Coro do Conservatório de Bologna se apresentará no complexo monumental da Igreja de Santa Chiara.No domingo, 14/04, às 18h., o local da apresentação é a Sala Scarlatti do Conservatório San Pietro a Majella.
Sob a direção do maestro italiano Roberto Parmeggiani, os dois concertos terão o acompanhamento dos instrumentistas, Marco Arlotti, no órgão, e Paolo Molinari, no contrabaixo.
No repertório selecionado para as duas apresentações constam músicas dos seguintes compositores:  Anton Brukner (1824-1896) – Messe fur den Grundonnestag – a capella; Giorgio Federico Ghedini(1892-1965) – Ecce quomodomoritur – a capella;Alessandro Scarlatti (1660 – 1725) -Tre Responsori per la Settimana Santa: Vinea mea electa, Plangi quasi virgo e Eram quasi agnus; Orlando di Lasso (1532 -1594) – De Profundis – VI Salmo Penitenziale; Giorgio Pierluigio da Palestrina(1525 -1594) – Sicut Servus – a capella; Tomas Luis de Victoria (1548 – 1611) – O magnum mysterium – a capella; Max Baumann (1917- 1999) – Ave Maria – a capella; Francesco Gasparini (1661 – 1727) – Missa a 4 voci – Kyrie, Gloria(B.C); e Antonio Lotti (1667 – 1740) – Crucifixus a 8 vocci.
O Coro do Conservatório de Bologna é formado dos seguintes intérpretes:
Soprano: Maria Tereza Becci, Miriam Fantacone, Beatrice Serra e Clara la Licata.
Contralto: Chiara Goldoni,  Fiamma Kamenchtchik, Ester Capello e Irina Grendo.
Tenor: Francesco Spina, Sebastian Arndol, Filipo Soligi e Giorgio Musolesi.
Baixo: Yuri Guerra, Andrea Toscani, RiccardoMalighetti e Davide Sebartolli.
“O concertos foram produzidos com grande esmero”, informa o brasileiro Yuri Guerra, mostrando sua grande alegria por fazer parte do Coro do Conservatório de Bologna. “Para os napolitanos, com certeza, os eventos representam um belo ´presente de celebração da Páscoa”, diz Yuri

 

Yuri Guerra foi um dos solistas do Concerto de Bieber, em Bolonha

JUSSARA MARTINS

No domingo, 7/04, o cantor lírico Yuri Guerra se apresentou na Sala Bossi, um espaço nobre para apresentação de concertos, dentro da Conservatório Giambattista Martini, em Bologna, a mais antiga escola estatal de música da Itália, onde o brasileiro está prestes a concluir o mestrado em música de Câmara.

Denominado “Da Lasso a Scarlatti”, o evento deste domingo foi produção do projeto “3/4 de Uma Hora de Música”, que já está em sua décima quinta edição e faz sempre apresentações gratuitas para o público.

O concerto “Da Lasso a Scarlatti” apresentou um repertório variado, selecionado de obras consagradas de diversos compositores barrocos, informou Yuri. Segundo o cantor lírico brasileiro, que tem o registro vocal de baixo, um dos destaques do concerto foi o Requiem, de Bieber, no qual ele foi um dos solistas.

Yuri Guerra e outros artistas que se apresentaram no Concerto de Bieber
Yuri Guerra e outros artistas que se apresentaram no Concerto de Bieber

“Uma grande honra fazer essa participação, além do privilégio de reviver a composição de Bieber”, pontuou Yuri, acrescentando que o concerto teve a participação do Coral do Conservatório, acompanhado pelo som de um órgão e de um baixo continuo. “O Coral apresentou ainda obras de Lasso, Scarlatti e Lotti”, conclui.

Confira apresentação de Yuri Guerra no espetáculo ‘Sulle Note Del Lyons Day’

Na última sexta-feira (29/03), o cantor lírico Yuri Guerra cumpriu mais uma agenda especial na Europa. O baixo brasileiro se apresentou no grande concerto “Sulle Note Del Lyons Day” na monumental Igreja Santa Maria Della Vita, em Bologna, a cidade italiana onde estuda e desenvolve sua carreira artística internacional. Confira abaixo a apresentação de “Fac me plagis”, de Stabat Mater de Astorga.

 

 

Promovido pelo Lyions Club de Bologna, o “Sulle Note Del Lyons Day” contou também com as vozes do barítono Masahi Tomosagi e das sopranos Dora de Natale e Laura da Como. Juntos com Yuri, eles apresentaram o belo repertório selecionado para compor o espetáculo, que teve acompanhamento do maestro e organista Carlo Ardizzoni. No repertório, uma preciosa coletânea extraída dos acervos de compositores consagrados, como Vivaldi, Mozart. Haendel, Rossini. Gounnod. Pergolesi, Fourê, Steffani, D`Astorga e Gomez.

Yuri Guerra apresenta em Bologna uma coletânea de grandes clássicos

JUSSARA MARTINS

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Esta sexta-feira (29/03), o cantor lírico Yuri Guerra cumprirá mais uma agenda especial na Europa. O baixo brasileiro se apresentará no grande concerto “Sulle Note Del Lyons Day”, que terá apresentação a partir das 19 horas., na monumental Igreja Santa Maria Della Vita, em Bologna, a cidade italiana onde estuda e desenvolve sua carreira artística internacional

Promovido pelo Lyions Club de Bologna, o “Sulle Note Del Lyons Day” contará também com as vozes do barítono Masahi Tomosagi e das sopranos Dora de Natale e Laura da Como. Juntos com Yuri, eles apresentarão o belo repertório selecionado para compor o espetáculo, que terá acompanhamento do maestro e organista Carlo Ardizzoni. No repertório, uma preciosa coletânea extraída dos acervos de compositores consagrados, como Vivaldi, Mozart. Haendel, Rossini. Gounnod. Pergolesi, Fourê, Steffani, D`Astorga e Gomez.

“O ‘Sulle Note Del Lyons Day’ será um espetáculo inesquecível. tanto para o público  presente na catedral como para todos nós, do elenco”, pontua Yuri Guerra. O brasileiro, de 24 anos, com registro vocal de baixo, já é considerado uma revelação da ópera, exatamente por ser ainda tão jovem e integrar grandes elencos de concertos clássicos em grandes palcos e espaços consagrados na Europa.

Os repertórios interpretados pelo jovem cantor lírico têm consagrado seu talento e exibem um grande embasamento técnico. Além, é claro, de sua total desenvoltura na cena musical para interpretar composições consideradas desafiadoras. Bonito, elegante e com total domínio de palco, Yuri vem realizando na Europa apresentações com repertórios de músicas de Rimsky-Korsakov, Dvorak, Rachmaninov, Schubert, entre outros imortais.

Ainda no circulo da ópera, Yuri já se apresentou como Sarastro, em A “Flauta Mágica”, de Mozart; foi o Pistola, em Falstaff, de Verdi, ambas produções com direção de Stefano Vizioli; e interpretou Don Alfonso, em “Cosi fan tutte”, de Mozart, sob a direção de Pablo Maritano; recentemente, fez o Don Basilio, na montagem, no histórico Bauer Palazzo, em Veneza, da ópera-bufa “O Barbeiro de Sevilha”, com direção cênica de Marco Belussi e direção musical de Fernando Cordeiro Opa.  E também tem sido protagonista de diversas premières mundiais de composições contemporâneas.

Nascido em Belo Horizonte, Yuri Guerra adiciona um detalhe importante à sua carreira artística e formação acadêmica, ao se tornar estudioso e intérprete da obra do maior compositor erudito brasileiro de todos os tempos, o maestro  Villa-Lobos.

Já formado com maestro em canto lírico pela mais antiga instituição estatal de ensino musical na  Itália, o Conservatório “G.B. Martini” de Bologna, Yuri Guerra está concluindo agora sua pós-graduação em música de câmara, com especialização no repertório de Villa-Lobos. Sua pesquisa sobre a vida e obra do maestro vem sendo desenvolvida no Departamento de História e Musicologia do Conservatório de Bologna e no Museu Villa-Lobos no Rio de Janeiro.

Com o propósito de dar continuidade ao relançamento internacional da obra de Villa-Lobos, Yuri Guerra já realizou em Bologna diversas versões do projeto original em espaços como o Círculo Lírico, a Sala Bossi, a Casa Verdi, e participou também da montagem da “Fête Internacional de la Musique”. Na Europa, Yuri conta com o apoio do Consulado Geral do Brasil, em Milão, para os espetáculos inspirados na obra de Villa-Lobos e na cultura brasileira.

Yuri não se descuida em destacar também aqui no Brasil a importância e a versatilidade da obra do mestre Villa-Lobos. Em 2015, lançou o projeto “Um Espetáculo para Villa-Lobos”, em Minas Gerais. Em 2018, apresentou esse espetáculo sobre Villa-Lobos no Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, dentro do projeto “Música no Museu”, que está completando vinte anos de existência.

Cantor brasileiro é a maior revelação da ópera

JUSSARA MARTINS

Ao participar de espetáculos grandiosos de obras clássicas da ópera, em espaços culturais privilegiados da Europa, o jovem brasileiro Yuri Guerra se tornou um dos destaques permanentes do canto lírico internacional, considerado a maior revelação dos últimos tempos.

Baixo-barítono, de 23 anos, Yuri Guerra está radicado em Bologna, onde estuda e desenvolve sua prestigiada carreira internacional, fazendo importantes  trabalhos paralelos, como uma pesquisa sobre Villa-Lobos a que está se dedicando com apoio da Embaixada do Brasil na Itália. O projeto inclui uma nova internacionalização da obra do inovador maestro brasileiro, com apresentações em diversos países da Europa e das Américas.

Yuri Guerra e papa Francisco_créd. Osservatore Romano(1)

OBRAS  SOCIAIS – Além de se dedicar ao canto lírico, desde cedo Yuri Guerra encontra-se envolvido com entidades não governamentais que atuam no fortalecimento dos Direitos Humanos, como o Lions Club (uma das entidades líderes mundiais em serviços comunitários e humanitários), o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase – Morhan – e, atualmente, junto ao Itaka Escolápios, um movimento internacional pela educação.

Em 2015, Yuri Guerra se apresentou perante o Papa Francisco, no Vaticano, durante um congresso internacional realizado pelo Morhan, em 2015, em Roma. “Foi uma das maiores emoções de minha vida. A presença do Papa Francisco é muito forte. Fiquei dominado por uma profunda emoção “, recorda Yuri.

EM MARÇO, NO RIO – Este mês, o jovem cantor retorna ao Brasil, para uma participação muito especial no Congresso Latino-Americano do Morhan, a ser realizado entre os dias 11 e 14 de março e que apresentará uma intensa programação reunindo participantes de todo o mundo, na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

“Fui convidado a fazer a abertura oficial do evento, interpretando o Hino Nacional e o repertório com uma das famosas canções de Villa-Lobos”, informa Yuri, ressaltando a importância da atuação de movimentos sociais da natureza do Morhan:

“Comparo a existência do Morhan a uma árvore frondosa, de raizes profundas e com muitos braços, onde cada uma das ramificações tem um papel específico. Por exemplo, para nós, os artistas, a organização entrega as tarefas da mobilização da sociedade, em prol de suas metas”, detalha o jovem.

AMIZADE COM ELKE – Yuri lembra então como foi estimulante a amizade e a convivência que teve com a atriz Elke Maravilha, que conseguia transformar a participação como voluntária da Morhan em fatos de grande relevância para a organização: “Ao lado de Elke, participei da criação da Frente Parlamentar que apontou novos caminhos para as políticas de inclusão dos portadores da hanseníase no sistema de saúde do Brasil. Nosso país ainda é um recordista mundial nos registros dessa terrível doença, o que faz dos portadores grandes vítimas, seja pela falta de tratamentos adequados e também pelo inevitável sofrimento causado pelo preconceito contra os doentes”.

Nascido em Belo Horizonte, Yuri Guerra ingressou aos oito anos no coral da Fundação Torino Escola Internacional, onde se tornou o primeiro solista. Estudou na Vancouver Academy of Music, no Canadá até 2014, sob a orientação do maestro David Meek. Logo em seguida, mudou-se para Itália, para dar prosseguimento ao aperfeiçoamento de suas técnicas vocais.

NA ITÁLIA – Radicado na cidade de Bologna, onde faz mestrado no tradicional Conservatório Giovanni Battista Martini, Yuri Guerra já é maestro em Canto Lírico pela instituição. No país conhecido como o berço da ópera, Yuri fez apresentações em espaços importantes, tais como a Basilica di San Martino Maggiore, a Cappella Farnese, o Museo della Musica e a Sala Bossi, um dos maiores e mais prestigiados locais de concertos, em Bologna, além de ter cantado na francesa Fête de la musique.

Em 2018, Yuri apresentou um espetáculo em homenagem a Villa-Lobos pela primeira vez na Casa Verdi, a tradicional residência dos artistas eruditos italianos, fundada pelo compositor Giuseppe Verdi. E este ano, está cumprindo uma movimentada agenda nos palcos europeus, tendo se apresentado durante uma feira de arte, em Bologna, e de uma montagem da famosa ópera-bufa “Barbeiro de Sevilha”, em Veneza.

Yuri também costuma se apresentar aqui no Brasil. Em agosto de 2018, apresentou o “Concerto em Homenagem a Villa-Lobos”, no Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Também já teve a oportunidade de realizar concertos com grande sucesso de público na Sala Minas Gerais e Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte.

Atenção internacional em relação à hanseníase se volta ao Brasil: Rio de Janeiro sedia encontro inédito de entidades da América Latina e do Caribe

País concentra 95% dos casos da doença na região. Evento tem objetivo de organizar cooperação internacional para defesa dos direitos das pessoas atingidas pela hanseníase e na eliminação da doença

No dia 11 de março, representantes de organizações como a Organização Pan-americana de Saúde/Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS), o Mandato das Nações Unidas (ONU) para a Eliminação da Discriminação contra as Pessoas Atingidas pela Hanseníase e seus Familiares (Relatora Especial Alice Cruz, em visita acadêmica), o Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), o Conselho Nacional de Saúde (CNS) e movimentos sociais de dez países desembarcarão no Rio de Janeiro para participar do I Encontro Latino-americano e Caribenho de Entidades de Pessoas atingidas pela Hanseníase. O evento se realiza na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) até o dia 14, reunindo cerca de cem ativistas representantes de entidades da América Latina – Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, México, Paraguai e Peru – além de integrantes de instituições dos EUA, Alemanha e Japão, que participam como observadores.

A iniciativa é do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), do Brasil, e da Federação de Entidades de Pessoas afetadas pela Hanseníase (Felehansen), da Colômbia, com o apoio da Fiocruz, do Ministério da Saúde e da Fundação Nippon, do Japão.

Essa será a primeira vez que as entidades da AL e Caribe se reúnem para encaminhar questões conjuntas sobre o tema do enfrentamento à doença e ao estigma social que a cerca. “Queremos fortalecer um amplo e permanente diálogo entre sociedade civil governos na tentativa de avançar na proteção das pessoas atingidas pela doença, no enfrentamento ao estigma e na eliminação da doença”, afirma um dos coordenadores nacionais do Morhan, Artur Custódio.

O encontro será um importante fórum de deliberação de questões para o Congresso Mundial de Hanseníase/Encontro Mundial de Pessoas afetadas pela Hanseníase, que se realiza em setembro, nas Filipinas.

Estudos, como o publicado em 2018 pela USP, apontam que a desigualdade social é o fator central que impede a eliminação da hanseníase na América Latina. E, diagnosticando entre 25 e 30 mil novos casos da doença por ano, o Brasil concentra 95% dos casos de hanseníase nas Américas, sendo também o país com o maior incidência (número de casos novos em relação à população) da doença em todo o mundo – a Índia registra mais casos em número absoluto, mas possui uma população cinco vezes maior que a do Brasil. “Esses indicadores não fazem sentido para uma doença que tem cura e tratamento gratuito assegurado pelo SUS: é preciso avançar em informação para a população, capacitação dos profissionais de saúde e comprometimento público dos gestores municipais, estaduais e federais para caminharmos na eliminação da doença e na garantia dos direitos das pessoas atingidas. Pensar este debate de forma articulada em toda América Latina e Caribe é o nosso desafio”, defende o dirigente do Morhan.

OPAS e OMS criaram a Estratégia Global de Hanseníase 2016-2020, com diretrizes para ações que detectem precocemente a enfermidade e para fornecer tratamento imediato para prevenir e reduzir a transmissão. A estratégia foi apresentada em Palmas, Tocantins, em outubro de 2017, na primeira Conferência Livre de Vigilância em Saúde, que teve como foco a hanseníase. Esse será um dos temas do encontro no Rio de Janeiro, junto com debates sobre participação social e política, monitoramento e promoção de Direitos Humanos, estratégias de preservação histórica, questões relativas ao tratamento e à reabilitação e os caminhos dos movimentos em cada país e na América Latina e Caribe (Confira a programação em anexo).

ATRAÇÕES CULTURAIS – Entre as atividades culturais que integram a programação do encontro, está a participação especial de Yuri Guerra, jovem brasileiro considerado uma revelação do canto lírico internacional. Artista voluntário do Morhan radicado na Itália, o baixo-barítono se apresenta na abertura do evento, dia 12, às 9 horas. Outro destaque é o lançamento do livro “Retratos de uma política pública: Memórias de infâncias violadas Brasil e Portugal”, com a presença da autora, Lilian Angélica da Silva Souza, no dia 12, às 15 horas. A obra aborda a história dos filhos e filhas separados de seus pais pela política de isolamento compulsório da hanseníase nos dois países.

Serviço:

I Encontro Latino-americano e Caribenho de Entidades de Pessoas atingidas pela Hanseníase

11 a 14 de março

Pavilhão: INCQS – Fiocruz  – Rio de Janeiro – Brasil

Avenida Brasil 4365 Manguinhos RJ